Camada pré-sal é
uma nomenclatura usada em geologia que se refere aos estudos relacionados ao
processo de putrefação Geo-Cultural utilizado na produção de elementos
geolíticos que ficam abaixo da camada de sal do planeta também divisão laminar
do perfil das rochas que formam a crosta terrestre. Essa camada, geralmente é
encontrada entre continentes porque é formada pelo depoimento de salitre sobre
outras laminas de origem vulcânica, localizadas no fundo do oceano. As
formações da camada pré-sal são mais antigas, e de acesso mais difícil, que as
reservas de petróleo acima da camada de sal, denominadas Pós-Sal. Acredita-se
que os maiores reservatórios petrolíferos do pré-sal, todos praticamente
inexplorados pelo homem, encontram-se do Nordeste ao Sul do Brasil, no Golfo do
México e na costa Oeste africana.
No Brasil, a área
que tem recebido destaque pelas recentes descobertas da companhia Petrobras
encontra-se no subsolo do oceano Atlântico, e estende-se do Norte da Bacia de
Campos ao Sul da Bacia de Santos, desde o Alto Vitória até o Alto de
Florianópolis, respectivamente. A espessura da camada de sal na porção
centro-sul da Bacia de Santos chega a 2.000 metros, enquanto na porção norte da
bacia de Campo está em torno de 200 metros. Este sal foi depositado durante o
processo de abertura do oceano Atlântico, após a quebra do Gondwana (antigo
supercontinente formado pelas Américas e África, que foi seguido do afastamento
da América do Sul e da África, iniciado a cerca de 120 milhões de anos). As
camadas mais recentes de sal foram depositadas durante a última fase de mar
raso e de clima semi-árido/árido (1 a 7 M.a.).
Descrição
O termo pré-sal é
uma definição geológica que delimita um perfil geológico anterior a deposição
de sal mais recente no fundo marinho. Já o termo sub-sal, que também é uma
definição geológica, significa o que está abaixo do sal, não necessariamente
sendo uma camada de rocha.
Nas rochas da
camada pré-sal existentes no mundo, a primeira descoberta de reserva
petrolífera ocorreu no litoral brasileiro, que passou a ser conhecida
simplesmente como "petróleo do pré-sal" ou "pré-sal". Estas
também são as maiores reservas conhecidas em zonas da faixa pré-sal até o
momento identificado.
Depois do anúncio
da descoberta de reservas na escala de dezenas de bilhões de barris, em todo o
mundo começaram processos de exploração em busca de petróleo abaixo das rochas
de sal nas camadas profundas do subsolo marinho. Atualmente as principais áreas
de exploração petrolífera com reservas potenciais ou prováveis já identificadas
na faixa pré-sal estão no litoral do Atlântico Sul. Na porção sul-americana
está à grande reserva do pré-sal no litoral do Brasil, enquanto, no lado
africano, existem áreas pré-sal em processo de exploração (em busca de
petróleo) e mapeamento de reservas possíveis no Congo (Brazzaville) e no Gabão.
Além do Atlântico Sul, especificamente nas áreas atlânticas da América do Sul e
da África, também existem camadas de rochas pré-sal sendo mapeadas à procura de
petróleo no Golfo do México e no Mar Cáspio, na zona marítima pertencente ao Cazaquistão.
Nestes casos, foram a ousadia e o trabalho envolvendo geração de novas
tecnologias de exploração, desenvolvidas pela Petrobras, que acabaram sendo
copiadas ou adaptadas e vêm sendo utilizadas por multinacionais para procurar
petróleo em camadas do tipo pré-sal em formações geológicas parecidas em outros
locais do mundo. Algumas das multinacionais petrolíferas que estão procurando
petróleo em camadas do tipo pré-sal no mundo aprenderam diretamente com a
Petrobras, nos campos que exploram como sócias da Petrobras no Brasil.
As reservas de
petróleo encontradas na camada pré-sal do litoral brasileiro estão dentro da
área marítima considerada zona econômica exclusiva do Brasil. São reservas com
petróleo considerado de média a alta qualidade, segundo a escala API. O
conjunto de campos petrolíferos do pré-sal se estende entre o litoral dos
estados do Espírito Santo até Santa Catarina, com profundidades que variam de
1000 a 2000 metros de lâmina d'água e entre quatro e seis mil metros de
profundidade no subsolo, chegando portanto a até 8000m da superfície do mar,
incluindo uma camada que varia de 200 a 2000m de sal.
Origem
Processo de
separação da América do Sul e África e surgimento do Atlântico Sul, entre 140 e
60 milhões de anos atrás, quando se formou o petróleo do pré-sal
O petróleo do
pré-sal está em uma rocha reservatório localizada abaixo de uma camada de sal
nas profundezas do leito marinho.
Entre 300 e 200
milhões de anos havia um único continente, a Pajeia, que há cerca de 200
milhões de anos se subdividiu em Laurásia e Gondwana. Há aproximadamente 140
milhões de anos teve inicio o processo de separação entre as duas placas
tectônicas sobre as quais estão os continentes que formavam o Gondwana, os
atuais continentes da África e América do Sul. No local em que ocorreu o
afastamento da África e América do Sul, formou-se o que é hoje o Atlântico Sul.
Nos primórdios,
formaram-se vários mares rasos e áreas semi-pantanosas, algumas de água salgada
e salobra do tipo mangue, onde proliferaram algas e microorganismos chamados de
fitoplâncton e zooplâncton. Estes microorganismos se depositavam continuamente no
leito marinho na forma de sedimentos, misturando-se a outros sedimentos, areia
e sal, formando camadas de rochas impregnadas de matéria orgânica, que dariam
origem às rochas geradoras. A partir delas, o petróleo migrou para cima e ficou
aprisionado nas rochas reservatórios, de onde é hoje extraído. Ao longo de
milhões de anos e sucessivas Eras glaciais, ocorreram grandes oscilações no
nível dos oceanos, inclusive com a deposição de grandes quantidades de sal, que
formaram as camadas de sedimento salino, geralmente acumulado pela evaporação
da água nestes mares rasos. Estas camadas de sal voltaram a ser soterradas pelo
oceano e por novas camadas de sedimentos quando o gelo das calotas polares
voltou a derreter nos períodos inter-glaciais.
Estes
microrganismos sedimentados no fundo do oceano, soterrados sob pressão e com
oxigenação reduzida, degradaram-se muito lentamente e, com o passar do tempo,
transformaram-se em petróleo, como o que é encontrado atualmente no litoral do
Brasil.
O conjunto de
descobertas situado entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo (Bem-te-vi,
Carioca, Guará, Parati, Tupi, Iara, Caramba e Azulão ou Ogun) ficou conhecido
como "Cluster Pré-Sal", pois o termo genérico "Pré-Sal"
passou a ser utilizado para qualquer descoberta em reservatórios sob as camadas
de sal em bacias sedimentares brasileiras.
Ocorrências
similares sob o sal podem ser encontradas nas Bacias do Ceará (Aptiano
Superior), Sergipe-Alagoas, Camamu, Jequitinhonha, Cumuruxatiba e Espírito
Santo, no litoral das ilhas Malvinas, mas também já foram identificadas no
litoral atlântico da África, no Japão, no Mar Cáspio e nos Estados Unidos, na
região do Golfo do México. A grande diferença deste último é que o sal é
alóctone (vindo de outras regiões), enquanto o brasileiro e o africano são
autóctones (formado nessas regiões) (Mohriak et al., 2004).
Os nomes que se
anunciam das áreas do Pré-Sal possivelmente não permanecerão, pois, se
receberem o status de "campo de produção", deverão ser rebatizados
segundo o artigo 3° da Portaria ANP nº 90, com nomes ligados à fauna marinha.
Aline Martins
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